21 março 2020

21 de Março - DIA MUNDIAL DA POESIA


Carpe diem
Aproveita o dia.
Não deixes que termine sem teres crescido um pouco.
Sem teres sido feliz, sem teres alimentado os teus sonhos.
Não te deixes vencer pelo desalento.
Não permitas que alguém te negue o direito de expressares-te, que é quase um dever.
Não abandones a tua ânsia de fazer da tua vida algo de extraordinário.
Não deixes de crer que as palavras e as poesias, sim, podem mudar o mundo.
Porque, passe o que passar, a nossa essência continuará intacta.
Somos seres humanos cheios de paixão.
A vida é deserto e oásis.
Derruba-nos, lastima-nos, ensina-nos, converte-nos em protagonistas da nossa própria história.
Ainda que o vento sopre contra, a poderosa obra continua, tu podes trocar uma estrofe.
Não deixes nunca de sonhar, porque só nos sonhos pode ser livre o homem.
Não caias no pior dos erros: o silêncio.
A maioria vive num silêncio espantoso. Não te resignes e nem fujas.
Valoriza a beleza das coisas simples, se podes fazer poesia bela, sobre as pequenas coisas.
Não atraiçoes as tuas crenças.
Todos necessitamos de aceitação, mas não podemos remar contra nós mesmos.
Isso transforma a vida num inferno.
Desfruta o pânico que provoca ter a vida toda adiante.
Procura vivê-la intensamente sem mediocridades.
Pensa que em ti está o futuro, e encara a tarefa com orgulho e sem medo.
Aprende com quem pode ensinar-te as experiências daqueles que nos precederam.
Não permitas que a vida passe sem teres vivido.

Walt Whitman (1819-1892)

A antecipação da Primavera

A antecipação da primavera, na escrita de Alberto Caeiro, o heterónimo de Fernando Pessoa que exalta a natureza e as sensações, de forma simples e natural.
Confiram aqui:

https://youtu.be/ZNWEmKLLFWA

Texto:  


Alberto Caeiro

Quando vier a Primavera,

Quando vier a Primavera,
Se eu já estiver morto,
As flores florirão da mesma maneira
E as árvores não serão menos verdes que na Primavera passada.
A realidade não precisa de mim.
Sinto uma alegria enorme
Ao pensar que a minha morte não tem importância nenhuma.
Se soubesse que amanhã morria
E a Primavera era depois de amanhã,
Morreria contente, porque ela era depois de amanhã.
Se esse é o seu tempo, quando havia ela de vir senão no seu tempo?
Gosto que tudo seja real e que tudo esteja certo;
E gosto porque assim seria, mesmo que eu não gostasse.
Por isso, se morrer agora, morro contente,
Porque tudo é real e tudo está certo.
Podem rezar latim sobre o meu caixão, se quiserem.
Se quiserem, podem dançar e cantar à roda dele.
Não tenho preferências para quando já não puder ter preferências.
O que for, quando for, é que será o que é.

"Poemas inconjuntos" de Alberto Caeiro


20 março 2020

Ficar em casa, combater o vírus

Ficar em casa, combater o vírus - conselho antigo, ilustrado numa iluminura medieval que retrata a peste vivida naquela época.
Para preencher os dias que correm lentos e em isolamento social, há tempo para revisitar o passado e... sorrir.


Imagem: Horae ad usum Parisiensem [Grandes Horas de Jean de Berry]
Iluminura por Jacquemart de Hesdin
Paris, 1400-1410
Bibliothèque nationale de France
https://c.bnf.fr/FXv

Fonte: https://www.facebook.com/a.muse.artes/

“Não é fácil resistir à melancolia de olhar pela janela e ver o mundo lá fora. Mas a epidemia vai passar”

Por sugestão das Rede das Bibliotecas Escolares (RBE https://www.facebook.com/rbeportugal/), chegou-nos este texto do "Expresso"



 “Não é fácil resistir à melancolia de olhar pela janela e ver o mundo lá fora. Mas a epidemia vai passar”

O psiquiatra Daniel Sampaio explica como as famílias podem lidar com uma situação prolongada de confinamento. Ensina o que se deve fazer com a exuberância dos adolescentes, a sua maior especialidade, e com a experiência de quem já viu muito ao longo de 74 anos, reconhece que a prova não será fácil para ninguém, mas lembra também que a História já ensinou que tudo passa e também esta epidemia vai ter um fim


visitar museus sem sair de casa

O que têm em comum o Castello di Rivoli Museo d’Arte Contemporânea, em Turim, o Museu do Chiado (de Arte Contemporânea), em Lisboa, o Museu do Prado, em Madrid, e o Metropolitan Museum, em Nova Iorque?
Contrariando as distâncias, estão todos na web e ensaiam novos discursos. 
(https://amusearte.hypotheses.org/6215?fbclid=IwAR06kb8zpFb3D-NFKCqt4lXY_R-T2cUuanKav0pZqlr9XMVR3poYfbJja9Y)

Ficar em casa (#ficaremcasa; #stayathome) tornou-se o tema destes estranhos dias. De repente, tomamos consciência de que o mundo é efetivamente global, enquanto os nossos universos pessoais se tornam infinitamente mais pequenos e confinados.
O mundo virtual está ao nosso alcance e, sem sairmos de casa, permite-nos aprender e alargar conhecimentos nas mais variadas áreas dos saber e nos mais diversos espaços geográficos, porventura em alguns onde nunca nos levarão as viagens da nossa vida.
Guggenheim Museum, New York

Visitar o museu Gulbenkian, percorrer as salas, aproximar a visão das peças um dos melhores museus de Portugal, o Museu Calouste Gulbenkian, através das suas duas coleções, que nos transportam desde o Antigo Egito até aos dias de hoje; contemplar o património do nosso clube de futebol; visualizar o Convento/Palácio Nacional de Mafra em 3D; conhecer a História da rádio e da televisão em Portugal através do espólio guardado pela RTP; entrar no Museu da Presidência da República, ou Museu do fado, em Lisboa; ir a Itália conhecer a Capela Sistina e os Museus do Vaticano, ou o Museu Oscar Nyemeier em Curitiba, no Brasil; dar um "saltinho" a Paris e "entrar" no museu mais visitado do mundo, o Louvre; ver os dinossauros e acompanhar a história da terra no Museu de História Natural de Nova York; apreciar obras da antiga civilização mesopotâmica preservadas no Museu Nacional do Iraque; ir à Pinacoteca de Munique,  à Galeria Uffizi, em Florença; visitar o icónico British Museum, o Gugenheim, em Bilbao ou em NY, O Rijksmuseum, em Amesterdão, o Pergamon, em Berlim, o Museu Nacional de Antroplogia do México, o Museu do Automóvel, o do Cinema,  do Teatro, o da Farmácia, o da Ciência, o do Azulejo, ... enfim as possibilidades são imensas, é só fazer uma pesquisa, aceitar o desafio e partir em aventuras de descobertas e maravilhamentos.

"Nas últimas décadas, os museus e os sítios patrimoniais, como as bibliotecas, aos teatros, as salas de concerto, têm vindo a experimentar e a realizar projetos digitais, ensaiando a comunicação virtual, não como alternativa, mas como complemento das suas ofertas convencionais (Crane, Bamman, & Jones, 2008).

São as Humanidades Digitais!












19 março 2020

Dois livros e um filme para o DIA do PAI

Sabemos que este Dia do Pai foi diferente. Provavelmente não foi trabalhar, trabalhou em casa ou foi para o seu emprego habitual, porque era necessário e imperioso fazê-lo, apesar dos tempos que correm.
Porém e para qualquer circunstância, a BE-ESJE sugere dois títulos das listas do Plano Nacional de Leitura, projeto Ler+, e um filme para este dia. O linha condutora destas  sugestões é o cinema.

Ora vejamos e leiamos:

- "Um pai de filme", de António Skármeta.


Do mesmo autor de "O carteiro de Pablo Neruda", este é um livro recomendado pelo projeto Ler+ do Plano Nacional de Leitura. António Skármeta é um escrito chileno que vive na Alemanha  desde 1973 e tem outras obras notáveis como "A rapariga do trombone" e " A dança da Victória".
Da sinopse do livro (wook.pt) sobressai o seguinte:
"Numa aldeia decadente e remota do Chile, onde uma simples ida ao cinema ou ao bordel implica uma viagem num velho comboio, também ele em vias de extinção, vive, com a sua mãe, um jovem professor primário cheio de sonhos literários e o natural desejo de encontrar o amor e descobrir o sexo.
Nesse microcosmos, personagens magistralmente retratadas pelo autor vivem as suas vidas modestas, mas nem por isso desprovidas de sentimentos e ambições - a sua mãe, Cristián, o padeiro e grande amigo do seu pai, um francês que se foi embora da terra no próprio dia em que o mestre-escola, concluído o seu curso, regressavam, as atraentes e casadoiras irmãs Gutiérrez, irmãs do seu aluno Augusto, um jovem de 15 anos, obcecado pelo desejo de perder a virgindade e ir pela primeira vez para a cama com uma mulher, outros alunos e uma prostituta que gosta de Geografia. Sem nada que o fizesse prever, aparece também Emílio, "comme Zola", um bebé, filho ilegítimo do seu pai.
A acção é breve, mas intensa, e no final, Jacques, o professor, mais maduro, resolve os problemas sentimentais próprios e os daqueles que lhe são próximos."

Wook.pt - Um Pai de Filme



- " O clube  de cinema", de David Gilmour.

Trata-se de uma obra aconselhada pelo projeto Ler+ do Plano Nacional de Leitura, pelo que os pais podem partilhá-lo com os filhos  adolescentes. Transcrevemos a sinopse do sítio "wook.pt" para melhor apresentação: "Quando o seu filho Jesse tinha 15 anos, David Gilmour tomou uma decisão que muitos pais e educadores considerariam radical: deixou o filho desistir da escola. Esta decisão, contudo, não teve nada de simples ou fácil. Ao ver o filho debater-se com a falta de motivação e as dificuldades em estudar, concentrar-se e ter notas positivas, David Gilmour percebeu que talvez a escola não fosse o ambiente ideal de aprendizagem para o filho - e que as probabilidades de que ele não acabasse a escolaridade eram elevadas. Assim, permitiu que deixasse a escola; em contrapartida, exigiu que o filho adquirisse com o pai (um notável crítico de cinema) alguma forma de educação alternativa para a vida, o amor e o crescimento pessoal. A condição para o filho deixar a escola era passar três noites por semana a ver um filme com o pai - aquilo a que chamaram O Clube de Cinema. O que se segue é um percurso de aprendizagem e formação invulgar, rico e comovente. Na companhia do pai - e através de filmes que vão desde "Os 400 Golpes", de François Truffaut, a "Instinto Fatal", de Paul Verhoeven, de "Crimes e Escapadelas", de Woody Allen, a "Há Lodo no Cais", de Elia Kazan - Jesse aprende poderosas lições acerca dos valores humanos e do sentido da vida. E David aprende aquilo de que tantos pais se apercebem demasiado tarde: que cada momento passado com o filho é uma oportunidade de crescimento para ambos".


Wook.pt - O Clube de Cinema



"Interestalar" de Crhistopher Nolan

É um filme épico de ficção científica, de Christopher Nolan, que  tem na relação entre pai e filha no centro da narrativa. Quando o piloto/engenheiro Cooper decide liderar uma missão espacial na esperança de encontrar um novo planeta para a Humanidade, teve que deixar os seus filhos para trás. No entanto, no espaço o tempo passa de maneira diferente para Cooper e para Murph, sua filha, na Terra. Murph cresce ressentida com o pai por tê-la abandonado e não ter assistido às principais fases e momentos da sua vida. O filme aborda a questão do sacrifício da unidade familiar em prol de uma família maior, a Humanidade.
Ter o "trailer" oficial aqui: https://www.youtube.com/watch?v=BYUZhddDbdc


Resultado de imagem para interestelar filme

Pipocas para o filme, boa luz para a leitura.
Até Breve!!!!



18 março 2020

#Aliteraturacontinua #quarentenaliteraria

Em tempos de quarentena e de  #ficaremcasa, literatura e a cultura, continuam!
Vejam esta iniciativa da Fundação José Saramago: todos os dias é publicado um vídeo. Exemplo:

#Aliteraturacontinua com @afonsoreiscabral a ler Miguel Esteves

17 março 2020

Rotinas (também) de leitura recreativa.


Resultado de imagem para leitura
É difícil alterar rotinas. Exclui-se desta afirmação o período de férias. Aí, corpo e espírito, parecem ir preparando-se para a mudança de horários, de hábitos e automatismos. Antecipamos o momento e estamos preparados. Não é o caso.



Para os pais, professores e alunos de todos os ciclos, a pandemia trouxe-lhes sem aviso a alteração das rotinas diárias. Os pais estão em teletrabalho ou trabalho por turnos, os professores estão a trabalhar em casa (alguns nos estabelecimentos de ensino) tentando minorar por todos os meios a sua ausência da escola e os alunos estarão a realizar trabalho e estudo doméstico com afinco e dedicação.
Dizem os entendidos que, sendo transitório este período que atravessamos, convém não alterar radicalmente o que vinha sendo feito até aqui. Assim, levantar-se à mesma hora, fazer a higiene pessoal, tomar um bom pequeno almoço com uma agradável conversa familiar e e fazer o plano diário de atividades, ajudam a programar o dia e a ter objetivos. Estabelecer horários de estudo, de refeições, de diversão e relaxe, de exercício físico, de desconexão (telemóvel, redes sociais, videojogos) e dedicar um pouco de tempo à leitura, parece-nos um bom programa para o dia...

Para quem gosta de ler em formato digital, propomos para hoje um sítio onde podem encontrar muitas sugestões de leitura.
É só querer....








16 março 2020

Ideias de leituras e atividades


O que têm em comum o Castello di Rivoli Museo d’Arte Contemporânea, em Turim, o Museu do Chiado (de Arte Contemporânea), em Lisboa, o Museu do Prado, em Madrid, e o Metropolitan Museum, em Nova Iorque?
Contrariando as distâncias, estão todos na web e ensaiam novos discursos. 
(https://amusearte.hypotheses.org/6215?fbclid=IwAR06kb8zpFb3D-NFKCqt4lXY_R-T2cUuanKav0pZqlr9XMVR3poYfbJja9Y)


Ficar em casa (#ficaremcasa; #stayathome) tornou-se o tema destes estranhos dias. De repente, tomamos consciência de que o mundo é efetivamente global, enquanto os nossos universos pessoais se tornam infinitamente mais pequenos e confinados.
O mundo virtual está ao nosso alcance e, sem sairmos de casa, permite-nos aprender e alargar conhecimentos nas mais variadas áreas dos saber e nos mais diversos espaços geográficos, porventura em alguns onde nunca nos levarão as viagens da nossa vida.

Visitar o museu Gulbenkian, percorrer as salas, aproximar a visão das peças um dos melhores museus de Portugal, o Museu Calouste Gulbenkian, através das suas duas coleções, que nos transportam desde o Antigo Egito até aos dias de hoje; contemplar o património do nosso clube de futebol; visualizar o Convento/Palácio Nacional de Mafra em 3D; conhecer a História da rádio e da televisão em Portugal através do espólio guardado pela RTP; entrar no Museu da Presidência da República, ou Museu do fado, em Lisboa; ir a Itália conhecer a Capela Sistina e os Museus do Vaticano, ou o Museu Oscar Nyemeier em Curitiba, no Brasil; dar um "saltinho" a Paris e "entrar" no museu mais visitado do mundo, o Louvre; ver os dinossauros e acompanhar a história da terra no Museu de História Natural de Nova York; apreciar obras da antiga civilização mesopotâmica preservadas no Museu Nacional do Iraque; ir à Pinacoteca de Berlim ou de Munique, , ao museu do Automóvel,,... enfim as possibilidades são imensas, é sós fazer uma pesquisa, aceitar o desafio e partir em aventuras de descobertas e maravilhamentos.

"Nas últimas décadas, os museus e os sítios patrimoniais, como as bibliotecas, os teatros, as salas de concerto, têm vindo a experimentar e a realizar projetos digitais, ensaiando a comunicação virtual, não como alternativa, mas como complemento das suas ofertas convencionais.(Crane, Bamman, & Jones, 2008, s.p.). São as "Humanidades Digitais” !





27 fevereiro 2020

PRÉMIO JOSÉ ESTÊVÃO DE ARTILETRAS 2020

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Está aberta a edição deste ano do Prémio José Estêvão de Artiletras promovido pelo nosso Agrupamento de Escolas José Estêvão.

O Prémo inclui este ano a novidade da extensão a dois novos escalões de concorrentes: o 4º ano do 1º Ciclo do Ensino Básico e 2º Ciclo do Ensino Básico.

As modalidades a concurso são: Prosa (conto), Artes Pásticas e Fotografia sobre a temática "Património Artístico e Literário de Vasco Branco".

A data limite para entrega dos trabalhos é 27 de abril de 2020.

O Prémio José Estêvão de Artiletras é o continuador do Prémio Literário José Estêvão que, a existir nos mesmos moldes, faria neste ano 35 anos de existência.
Em boa hora o PLJE foi remodelado, abrangendo novas modalidades consentâneas com a realidade atual do agrupamento e novos escalões etários.
O Prémio foi ainda alargado ao público escolar dos distritos de Aveiro, Coimbra, Leiria e Viseu e não apenas aos estabelecimento de ensino da cidade.

Para mais informações consultar o Regulamento do PJEA  na Biblioteca desta Escola e no "site" do AEJE,

www.aeje.pt