«Uma porta é, ao mesmo
tempo, uma abertura e aquilo que a fecha. Nos romances e na vida, pessoas e
personagens gastam algum do seu tempo a entrar e sair de casa ou de outros
lugares. É um ato banal, pensa-se, um movimento que não costuma merecer reparo
ou registo particular. Que eu me lembre, só o mais literário dos pintores (Magritte)
observou a porta e a passagem por ela com olhos surpreendidos e talvez
inquietos. As portas de Magritte, abertas ou entreabertas, não garantem que do
outro lado esteja ainda o que lá tínhamos deixado»
“Manual
de Pintura e Caligrafia”
Sem comentários:
Enviar um comentário