«Quero
clarificar algo que já assinalei antes, a propósito do facto de não se
encontrarem heróis nos meus romances, apenas gente normal, que vive vidas
normais (…) Reflito e escrevo sobre pessoas comuns porque essa é a gente que conheço.
É provável que as mulheres que invento não existam, talvez não sejam mais do
que projetos, talvez me seja mais fácil imaginar um projeto de mulher que um
projeto de homem. Em qualquer caso, e para não fugir à questão, acrescentarei
que o facto de ter sido criado por mulheres, de viver e crescer entre mulheres,
pressupôs, em definitivo, ter aprendido com elas o que efetivamente é benéfico,
não no sentido utilitário, mas em profundidade e humanismo. Devo isto às
mulheres e, por isso, assim fica refletido nos meus livros.»
“A Estátua e a
Pedra”
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