«Não me leves a mal, Francisco, se te faltei. Foste pedir a pobres o que pobres não podem fazer: acabar com os ricos. Se tal fosse possível, crê que já estaria feito. Desde que o mundo é mundo que há pobreza e há riqueza. É certo que de vez em quando um pobre torna-se rico. Quando isso acontece, e é uma coisa que os ricos gostam que aconteça, o pobre esquece a pobreza. Nunca reparaste? Evidentemente, este rico não se esquece de que foi pobre, mas a pobreza deixou de existir para ele. Mesmo que a sua riqueza seja uma pobre riqueza, insignificante se comparada com outras, não importa, ele já é rico, pertence aos ricos, os ricos pertencem-lhe.»
“A segunda vida de Francisco de Assis”
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