«Vai descendo por esta álea como lhe disseram, à procura do quatro mil duzentos e setenta e um, roda que amanhã não anda, andou já, e não andará mais, saiu-lhe o destino e não a sorte. A rua desce suavemente, como em passeio, ao menos não foram esforçados os últimos passos, a derradeira caminhada, o final acompanhamento, que a Fernando Pessoa ninguém tornará a acompanhar, se em vida realmente o fizeram aqueles que em morto o seguiram, é este o cotovelo que devemos virar. Perguntamo-nos que viemos cá fazer, que lágrima foi que guardámos para verter aqui, e porquê, se as não chorámos em tempo próprio, talvez por ter sido então menor a dor que o espanto, só depois é que ela veio, surda como se todo o corpo fosse um único músculo pisado por dentro, sem nódoa negra que de nós mostrasse o lugar do luto.«
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
-
«Não me leves a mal, Francisco, se te faltei. Foste pedir a pobres o que pobres não podem fazer: acabar com os ricos. Se tal fosse possíve...
-
A obra trabalhada faz parte das Aprendizagens Essenciais do 7º ano: "Leandro, o rei da Helíria". Os alunos foram convidados a ...
-
«Tem já destino a tela que pus no cavalete. Para o retrato de M. é ainda cedo, mas o meu tempo chegou. Amadureceu a tela (…), amadureceu...
Sem comentários:
Enviar um comentário