Elas podem por-nos os nervos em franja e para as afastar todos esbracejamos freneticamente! Entram-nos pela casa sem pedir licença e é uma dificuldade abrir a janela sem entrar em conflito com o inseto. Finalmente, quando se vai é um alívio. Porém, a Apis mellifera ou abelha europeia, abelha do mel ou abelha doméstica é uma antiga companheira do Homem.
Existem 20000 tipos de abelhas e a Apis mellifera é uma das poucas utilizadas na produção de mel.
As abelhas e outros polinizadores são importantíssimos para a produção de frutas e vegetais e sem eles estes alimentos diminuiriam drasticamente e afetariam o frágil equilíbrio ou redução da segurança alimentar mundial. Estima-se que o valor da polinização possa atingir anualmente os 150 mil milhões de euros. Impressionante!
Sabendo disso e constatando que há um decréscimo alarmante no número de polinizadores, entre os quais as abelhas, motivado pelos incêndios florestais, o uso de pesticidas agrícolas e outros, as autoridades nacionais decidiram lançar várias campanhas para atenuar o seu desaparecimento. Assim, alguns municípios decidiram não usar herbicidas, semear prados em vez de relvados, substituir algumas plantas e flores nos jardins por outras mais dos agrado das abelhas, trocar árvores ornamentais por árvores de fruto e até, como em Paris e outras cidades europeias, colocar colmeias nos terraços dos prédios. E, para dar mais força a estas ideias, foi criada uma associação de cidades amigas dos polinizadores. Que ideia fantástica!
E o que é que nós podemos fazer? Pois bem, podemos igualmente no nosso jardim ,varanda ou simples vasos colocados no exterior, incluir flores que produzam muito néctar ou pólen. E sem medo porque as abelhas vão estar tão ocupadas na recolha pólen que nem vão dar pela nossa presença. Sobretudo, NÃO MATEM AS ABELHAS.
E já agora, como sugestão de leitura sugerimos o romance de Carlos de Oliveira, "Uma abelha na chuva", autor cujo centenário de nascimento se comemora este ano.
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