Começa mal 2021 para a cultura portuguesa. De uma assentada partiram duas personagens, dois artistas, cada qual na sua arte, mas com tantos pontos em comum, sobressaindo nos dois um profundo amor e respeito pelos seus métiers.
Carlos do Carmo, 1939- 2021, fadista, o cantor de Lisboa, a quem chamava de menina e moça, traçou o retrato poético e cantado das suas gentes, as suas ruas e figuras típicas, mas também pincelou as as cores, a luz, o casario de uma cidade que muito amava e sobretudo sabia ver e compreender.
João Cutileiro, 1937_2021, o escultor de Évora, tinha no seu percurso de vida as cidade de Londres, Lagos e Évora, todas cidades de luzes particulres: o tom mais escuro da cidade inglesa, a luz forte e clara da cidade algarvia e o tons quentes e ofucantes da capital alentejana. Nas três desenvolveu uma obra notável, esculpindo muitas das figuras do imaginário português.
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