27 janeiro 2021

Shoa- Holocausto

 Citamos Primo Levi: "É nosso dever falar aos que não eram nascidos, para que saibam até onde é que se pode chegar".

Hoje, dia 27 de janeiro de 2021, comemora-se o Dia Internacional da Memória das Vítimas do Holocausto.  Este dia foi criado pela Assembleia Geral das Nações Unidas para assinalar a libertação, pelas tropas soviéticas, do campo de concentração da Auschwitz-Birkenau em 1945. 

Fundamentalmente o que se pretende é promover o ensino sobre o Holocausto de modo a criar nos jovens a memória desses tempos e lugares de atrocidades, para que deles tenhamos consciência e conhecimento e prevenir futuros genocídios. 

Sabiam que também houve portugueses nos campos de concentração nazis, sobretudo emigrantes em França ou combatentes republicanos da Guerra Civil Espanhola refugiados nesse país? E que houve portugueses que, com a sua intervenção corajosa, salvaram inúmeras pessoas dos campos de concentração ou das prisões nazis como Aristides Sousa Mendes, Sampaio Garrido, Teixeira Branquinho, monsenhor Joaquim Carreira e José Brito Mendes, reconhecido como "Homem Justo entre as Nações"?

Rastreámos cerca de 23 obras escritas nos últimos anos sobre Auschwitz. Indicamos apenas uma, experienciada pelos seu autor, sem cedências ao melodrama, objetiva e por isso imprescindível. Existe na nossa Biblioteca e chama-se Se isto é um homem, de Primo Levi. 

Boas leituras.

06 janeiro 2021

Obituário forçado...

 

Começa mal 2021 para a cultura portuguesa. De uma assentada partiram duas personagens, dois artistas, cada qual na sua arte, mas com tantos pontos em comum, sobressaindo nos dois um profundo amor e respeito pelos seus métiers. 


Carlos do Carmo, 1939- 2021, fadista, o cantor de Lisboa, a quem chamava de menina e moça, traçou o retrato poético e cantado das suas gentes, as suas ruas e figuras típicas, mas  também pincelou as as cores, a luz, o casario de uma cidade que muito amava e sobretudo sabia ver e compreender.

João Cutileiro, 1937_2021, o escultor de Évora, tinha no seu percurso de vida as cidade de Londres, Lagos e Évora, todas cidades de luzes particulres: o  tom mais escuro da cidade inglesa, a luz forte e clara da cidade algarvia e o tons quentes e ofucantes da capital alentejana. Nas três desenvolveu uma obra notável, esculpindo muitas  das figuras do imaginário português.