É sempre a voz de Sophia a conduzir-nos por memórias e histórias de uma vida que se confunde com a poesia. Porque toda a sua existência ficou subordinada a essa estética límpida, verdadeira e sagrada, território de intimidade e espaço de liberdade. Como uma música de fundo, presente em todas as facetas e em todos os lugares. Começou em menina a recitar a Nau Catrineta e nunca mais os poemas a largaram. Neste filme produzido para o centenário do seu nascimento, temos nas suas palavras o retrato mais justo e simples daquela que é a poeta maior.
Recorrendo ao espólio pessoal da autora, a imagens atuais de locais onde viveu ou que lhe foram queridos e a imagens de arquivo de televisão e cinema e, ainda, utilizando partes da sua prosa e da sua poesia, sempre com testemunhos na primeira pessoa, do Porto a Lisboa, da Granja a Lagos, do mar Atlântico ao Mediterrâneo, da Grécia ao 25 de Abril, as paixões e deceções de uma vida e obra dedicadas à busca pelo real, pela liberdade e pela justiça.
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